Estudantes apresentam projetos de iniciação científica na 27ª edição do Ciência Jovem

Em meio a 442 projetos de 22 estados brasileiros e de cinco países, três trabalhos de iniciação científica da rede estadual integram, até esta sexta-feira (12), a 27ª edição da Ciência Jovem, que é promovida pelo Espaço Ciência, em Pernambuco, e acontece de forma remota. Do total de projetos, 368 são de autoria de estudantes e 74, de professores e gestores. Os trabalhos estão divididos em salas distribuídas nos turnos da manhã e da tarde, sendo que cada uma pode receber até 20 projetos. 

  As produções escolares da rede estadual de ensino são desenvolvidas no âmbito do Programa Ciência na Escola, iniciativa da Secretaria da Educação do Estado (SEC) com o objetivo de fomentar a iniciação científica na Educação Básica. A coordenadora do Ciência na Escola, Patrícia Oliveira, fala sobre a presença da Bahia no Ciência Jovem. “São importantes projetos representando a Bahia. Este ano, fizemos vários movimentos de afiliação tanto em feiras nacionais, como internacionais e, agora, no Ciência Jovem, estamos trazendo o que pensamos de popularização da Ciência em todo o território educativo, a partir da produção científica dos estudantes e professores protagonizada pela rede estadual”. 

O Colégio Estadual Wilson Lins, no município de Valente, está apresentando dois trabalhos estudantis: “E-Covid19: desenvolvimento de aplicativo para dispositivos móveis em código aberto on-line” e “Robotronic: proposta didática de baixo custo para robótica educacional”. O estudante Vinícius Amaral buscou, com o seu projeto, desenvolver um aplicativo móvel informativo como instrumento de difusão do conhecimento sobre a prevenção contra a Covid-19. “Com esse trabalho, buscamos agregar valores à informação e democratizar a criação de aplicativos”, disse.

Já Iran de Oliveira, Ayla de Souza e Diogo dos Santos, estudantes do curso técnico em Química do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira, em Ilhéus, levou para o Ciência Jovem o projeto “Produção de inseticida a partir da folha de mandioca”. Iran conta que a ideia surgiu ao observar que as formigas cortavam as plantas da horta de seu pai, com a exceção dos pés de mandiocas. “Passei a pesquisar e descobrir que as folhas das mandiocas possuem uma substância chamada Ácido Cianídrico (HCN). Daí busquei produzir um inseticida que fosse utilizado pelos agricultores e não poluísse o meio ambiente”.  Este projeto e o do E-Covid19 estão representando, no evento de Recife, a Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA).

Sobre o Ciência Jovem – Promovido há 27 anos pelo Espaço Ciência, de Pernambuco, o Ciência Jovem revela projetos de iniciação científica a partir de cinco categorias: Educação Científica: Iniciação à Pesquisa, para alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental (1º ao 5º ano); Divulgação Científica dirigida ao Ensino Fundamental (6º ao 9º ano); Incentivo à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, para estudantes de Ensino Médio; e Francis Dupuis, para projetos internacionais. Mais informações acesse aqui.